De um lado o grande calor
A briga intensiva para chuva ceder,
Da vida regada a dor
Trabalho, seca e musica pro santo descer.
Do outro lado a neve eh leve e fria
O xale e casaco e pra aqui se usar
Pega logo o xale Maria
Hoje no sertão vai nevar.
As pessoas na rua sem acreditar
Que o céu se fecha ao escurecer
Eu lhe disse Maria, o sertão vai nevar
E as pessoas vão ver a verdade descer
Vapor do chão quente começa subir,
Logo a poeira começa a baixar
nos rostos uns expressam a ânsia de fugir
E outros ajoelham-se aqui a clamar.
Oh terra santa que tudo da
Traga-me o amor para eu sentir seu gosto.
Saiba você meu caro cabra
Esses flocos são beijos gelados que dou em seu rosto.
O brilho branco nos arbustos,
Na vegetação rasteira semeada pelo bem
Traz serenidade paz e susto
Aqueles sofredores da seca refém.
Vira-se a noite nevando
Ninguém dorme de espantidao.
No horizonte com o sol chegando
A neve se vai como veloz tufão.
Nos olhos ficam o brilho,
Na mente a lembrança desse dia
Em que a neve interditou o trilho
Do trem que leva os trabalhadores da vida.
sexta-feira, 7 de maio de 2010
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